Frequentar a academia ajuda a combater a pandemia. Entenda:
A pandemia do novo coronavírus gerou medo e cautela nas pessoas. Junto com a paralisação de diversas atividades, vimos nossa rotina ser transformada. Assim que as academias puderem voltar a funcionar, a sua prática de exercícios físicos – com todos os cuidados necessários – poderá ajudar a combater a pandemia. A explicação para isso está em pesquisas que garantem que praticantes de atividade física podem resistir muito mais a infecções.
Sempre torcemos e esperamos não nos infectar com nenhum vírus, mas caso isso aconteça é importante estar com o corpo resistente. Ter imunidade forte é fundamental. Portanto, é importante entender como a atividade física pode ser aliada na hora de combater a pandemia.
A atividade física ajuda na saúde mental e no sistema imunológico, metabólico e cardiovascular
Em um artigo publicado pelos cientistas Francisco José Gondim Pitanga, Carmem Cristina Beck e Cristiano Penas Seara Pitanga, fica claro que a atividade física já tem provas suficientes na literatura científica de que previne diversas doenças. Segundo os pesquisadores, a atividade física é inversamente proporcional a altos níveis de pressão sanguínea, diabetes, risco de doenças arteriais e desordens cardiometabólicas. “Em relação ao sistema imunológico, a atividade física, especialmente de duração e intensidade moderada, pode favorecer respostas imunológicas e melhorar a resistência do corpo”, explica o artigo.
O texto dos especialistas ainda alerta para uma pesquisa italiana recente em que pacientes obesos responderam positivamente a infecções do vírus influenza quando praticavam atividades físicas. A pesquisa é considerada também em relação à COVID-19.
O mesmo artigo alerta que a atividade física intensa pode levar a uma imunossupressão, ou seja, redução da defesa do organismo. No entanto, encontramos outras pesquisas que mostram mais detalhes de como os exercícios físicos, mesmo intensos, aumentam a capacidade de proteção do corpo.
Leucócitos e células “matadoras”
Uma pesquisa dos cientistas Rod Fry, Alan Morton e David Keast, da Universidade do Oeste da Austrália, indica que há uma grande queda na produção de leucócitos (células de proteção do corpo) no momento dos exercícios físicos intensos, mas que a quantidade destes leucócitos volta ao patamar pré-treino em apenas duas horas. A mesma pesquisa verificou que não há diferença na quantidade de leucócitos no corpo de pessoas que praticam atividades de alta intensidade em comparação com praticantes de atividades moderadas.
Outro efeito da atividade física na defesa do nosso organismo contra agentes infecciosos pode ser visto na publicação da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, que identificou a capacidade de exercícios aumentarem a quantidade de células que defendem infecções pulmonares.
De acordo com o estudo, a prática de atividade física aumenta a produção de células exterminadoras naturais, também chamadas de Células NK (Natural Killer), que são linfócitos citotóxicos necessários para o funcionamento do sistema imunitário inato. Segundo o estudo, as pessoas que praticam atividade física moderada apresentam mais células NK, importantes para combater infecções no pulmão. Ele também corrobora com as evidências de que a prática de atividades moderadas está relacionada à redução de sintomas de infecções pulmonares.
É por isso que frequentar a academia, com os cuidados necessários com aglomeração e limpeza, promove a saúde geral e assim pode ajudar a combater a pandemia.