Estudo reforça os perigos do uso de hormônio do crescimento
Já é de conhecimento geral que o uso de esteroides anabolizantes oferece muito mais riscos e danos à saúde do que qualquer benefício. No entanto, um estudo recente apontou explicações mais claras a respeito do que o hormônio do crescimento, conhecido como GH, faz no corpo.
Durante o Congresso Brasileiro de Endocrinologia, o pesquisador dinamarquês Jens Jorgensen apresentou uma pesquisa chamada “Impact of GH administration on athletic performance in healthy young adults“. O estudo acadêmico, que buscava obter mais evidências do impacto do hormônio do crescimento em pessoas jovens, destaca o uso comum do hormônio de maneira ilícita, já que seu uso é controlado e exige prescrição médica, sendo recomendado muito mais às pessoas que apresentam deficiência na produção natural do que com objetivo puramente estético.
O que o estudo deixou claro é a respeito do que acontece com o corpo de quem aplica GH de maneira irresponsável, ainda que existam produtos que prometem estimular o corpo a produzir GH de maneira natural. De qualquer forma, é recomendável que qualquer produto que prometa o aumento deste hormônio seja consumido apenas com autorização médica.
Segundo os resultados da pesquisa, a administração do hormônio do crescimento de fato aumenta a massa muscular e reduz a porcentagem de gordura. No entanto, ao mesmo tempo em que ocorrem o aumento de ácidos graxos e gliceróis, o uso de GH não aumentou o quociente respiratório, o consumo máximo de oxigênio, e não foi capaz de aumentar a força muscular.
Portanto, o estudo conclui que a administração do hormônio do crescimento provoca mudanças na composição corporal, mas não aumenta a força e nem a capacidade para exercícios aeróbicos.
Dicas para produzir mais GH de forma saudável:
Existem algumas maneiras de fomentar a produção do hormônio do crescimento de forma natural e totalmente saudável. Especialmente quem ainda está em fase de crescimento pode buscar as seguintes práticas:
- – Aumentar a intensidade do treino, com foco na melhora da resistência;
- – Fazer treinos de alta intensidade, como o HIIT;
- – Aumentar o consumo de proteína, que ajuda a regularizar a produção de insulina (especialmente se houver a redução de carboidratos);
- – Dormir bem, pois a maior parte do GH liberado no organismo é produzida durante o sono.