Insônia infantil é normal ou merece mais atenção?
Veja quando o problema é corriqueiro e como você pode resolvê-lo
Dormir. Repousar. Recuperar energias. Crescer. E quando isso não acontece de forma adequada com a gente? Ou pior… E quando isso não acontece de forma esperada com nossos filhos?
Não há como negar que um dia ruim começa mesmo por uma noite mal dormida. E a insônia, que é uma situação que pode afetar tanto adultos quanto crianças, pode ser tanto o demorar para adormecer quanto ter o sono interrompido por qualquer razão, com dificuldade de adormecer novamente.
Quando falamos em crianças, cada idade pode ter algum fator que interfere no sono de uma criança: desde as cólicas, os gases e o refluxo ácido de bebês; além dos quadros febris, questões emocionais (nascimento de um irmãozinho, entrada na escola), ansiedade, depressão, falta de rotina, mudança no dia a dia (em uma viagem, por exemplo).
O pediatra é um profissional que acompanha a saúde da criança e suas alterações. E qualquer mudança sempre deve ser comunicada a ele, até para que ele possa utilizar as informações para uma melhor orientação dos pais e da família. Muitos mitos não são esclarecidos por serem de “conhecimento público” e os pais, imaginando que são situações corriqueiras, não informam o pediatra.
É como os pais acharem, por exemplo, que para fazer a criança dormir melhor à noite, é importante cansá-la bem durante o dia e assim, antes de ela ir dormir, é bom que ela corra bastante. E se essas são situações que se não forem discutidas com o pediatra podem se perpetuar e causar transtornos importantes no sono da criança.
Mas quando a insônia merece atenção especial?
As situações mais importantes são as que estão relacionadas a transtornos ou mudanças da rotina da criança. Falta de atenção, muita irritabilidade, apneias de sono, falta ou excesso de apetite, cansaço excessivo estão entre as questões que merecem uma atenção mais especial.
Uma falta de rotina na hora de dormir pode fazer com que crianças que já frequentam escolinha (ou escola) durmam muito tarde, acordem muito tarde e não tenham tempo de tomar café ou de almoçar em um prazo adequado. Assim, a queixa que traz essas crianças ao pediatra é: “Meu filho não come”, quando na verdade deveria ser “Meu filho não dorme”.
Estudos mostram que crianças com TV no quarto têm mais dificuldade em adormecer. Assim, não é interessante que crianças tenham equipamentos que possam distrair sua atenção no quarto de dormir, como TV, DVD, computadores, videogames… Há que se ter uma recomendação quanto ao tempo gasto com esse tipo de atividade diariamente, recomendada para um máximo de 2 horas ao dia (somando tudo).
Até os 3 anos de idade, em média, a soneca do dia é fundamental para o sono noturno adequado das crianças durante a noite. Mas é importante ter atenção para que essas sonecas não ocorram após as 16 horas. Isso pode fazer com que a criança possa não ter sono em um horário adequado.
Buscando soluções
Para começar a tentar resolver a insônia, o ideal é impor uma rotina, é tudo o que uma criança precisa. Respeitar seu ritmo, principalmente. Se quando mudamos para o horário de verão, uma hora mais cedo ou mais tarde já faz uma diferença enorme para nós, imagine para uma criança.
Questões como jantar não muito pesado, evitando-se café, chás escuros e refrigerantes tipo cola – que na realidade devem ser evitados mesmo sem essa questão do sono, não é? O leite, pela presença de triptofano, favorece o sono também.
Um banho morno, uma diminuição de ritmo, um ambiente favorável, acolhedor, pouca luz, pouco barulho, uma historinha contada pelos pais… Tudo isso pode fazer milagres nessa hora. E se nada disso resolver, conversar com o pediatra sobre isso é o caminho a seguir.
Fonte: http://minhavida.uol.com.br/