Enxaqueca contribui para problemas cardiovasculares: como evitar -
Enxaqueca contribui para problemas cardiovasculares: como evitar
Bem-estar

Enxaqueca contribui para problemas cardiovasculares: como evitar

Só quem tem enxaqueca sabe do sofrimento que ela pode causar. Recentemente, uma pesquisa realizada por pesquisadores do Hospital Universitário de Aarhus (Dinamarca) e da Universidade de Stanford descobriu que esse distúrbio neurovascular crônico pode contribuir para a incidência de infartos, derrames, coágulos e alterações da frequência cardíaca.

 

Segundo o estudo, as fortes dores de cabeça, tonturas e fotofobia podem culminar em problemas ainda mais graves. O aumento das chances de ter problemas cardiovasculares surge por conta da vasoconstrição promovida pelo consumo de anti-inflamatórios. “Durante as crises de enxaqueca também é comum que os pacientes, principalmente em idades mais avançadas, fiquem imobilizados por muito tempo. Essa imobilização, quando frequente e prolongada, pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos”, explica o Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor, o Hospital do Coração.

 

A pesquisa ainda chegou à conclusão de que, a cada mil pacientes que tinham seus registros analisados, ocorreram ataques cardíacos em 25 dos que tinham enxaqueca e 17 entre os que não tinham. Descobriu-se também que acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (coágulo de sangue no cérebro) ocorreram em 45 dos pacientes com enxaqueca e apenas 25 entre os que não sofriam com o problema.

O médico Abrão Cury explica que a pesquisa é observacional, mas deve ser considerada como significativa.

 

Exercício físico como aliado

A prática de exercícios físicos moderados é fundamental para reduzir os índices de enxaqueca em quem tem a doença. Segundo o neurologista Flávio Sekeff Sallem, a produção de hormônios como a serotonina e a endorfina vai ajudar a reduzir a potência e a frequência das dores, já que são esses hormônios que ajudam o corpo a ser mais resistente à dor. Isso já foi evidenciado no estudo da neurologista Thais Rodrigues Villa e da fisioterapeuta Michelle Dias Santiago, ambas da Unifesp, que mostrou que pessoas que praticam atividade física em conjunto com o uso de medicamentos teve melhora da saúde em todos os parâmetros.

 

As práticas saudáveis e a redução de alguns alimentos, como a cafeína, são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de quem possui enxaqueca, e assim ajudar a combater os efeitos dela, como os problemas cardiovasculares.

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