Confira 10 inovações médicas que prometem revolucionar a saúde em 2014
Transplante fecal, novo tratamento para hepatite C e testes para tratar o câncer são promessas
Sofosbuvir para tratar hepatite C
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 150 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite C, e mais de 350 000 pessoas morrem todos os anos de complicações hepáticas relacionadas à doença. Muitos pacientes com hepatite C se beneficiam do tratamento que combina interferon peguilado alfa – ministrado via injeção – e ribavirina, um medicamento oral.
Agora, surgiu um novo tratamento a doença, chamado sofosbuvir, que já foi aprovado pelo órgão regulamentador de alimentos e remédios dos Estados Unidos, o Food And Drug Administration (FDA). Segundo a hepatologista Raquel Silveira Bello Stucchi, do grupo de hepatites do Hospital das Clínicas de São Paulo, a aprovação no Brasil possivelmente será em curto intervalo de tempo, mas a sua incorporação no arsenal disponível no SUS deverá ser mais tardia.
Sua promessa inclui os mais altos índices de cura de todos os tempos, redução do tempo de tratamento e menos efeitos colaterais. O medicamento seria o primeiro de uma nova geração de drogas para hepatite C, chamados antivirais de ação direta. “O sofosbuvir pode ser utilizado por quem não responde aos outros medicamentos ou então como primeiro tratamento, mas sempre associado a outras drogas”, explica a hepatologista. Ela afirma ainda que a medicação parece ser muito bem tolerada e os efeitos colaterais são atribuídos a outras drogas que fazem parte do tratamento da hepatite C junto com o sofosbuvir – ou seja, essa droga tem pouco ou nenhum efeito colateral.
Enquanto o tratamento tradicional, com interferon peguilado alfa e ribavirina exclusivamente, pode levar até 48 semanas para se encerrar, o sofosbuvir reduz o tempo de tratamento para 12 semanas. Ministrado via oral uma vez ao dia, ele age inibindo a multiplicação do vírus da hepatite C. “O sofosbuvir representa um avanço significativo no tratamento da hepatite C, pois oferece possibilidade aos pacientes que não eliminaram o vírus em tratamentos anteriores e permite, inclusive, tratamento de pacientes mais graves e apenas por via oral”, diz Raquel. Ela ressalta, no entanto, que o sofosbuvir deve ser ministrado sempre em conjunto com outras drogas. “Até agora ele está aprovado para ser ingerido juntamente com a ribavirina, mas em um futuro próximo, outros antivirais poderão acompanhar o medicamento.”
Testes genéticos para tratamento do câncer
Os testes genômicos prometem ser um avanço no tratamento do câncer e fazem parte de uma estratégia chamado de terapia dirigida ao alvo, ou simplesmente terapia alvo. Um dos principais objetivos dos testes é evitar o tratamento agressivo, como quimioterapia e radioterapia, quando não é necessário e salvar vidas quando ele for a opção mais acertada. “Novas modalidades terapêuticas têm como objetivo dirigir o tratamento mais especificamente às células doentes, poupando as saudáveis”, afirma o oncologista Artur Malzyner, consultor científico da CLINONCO – Clínica de Oncologia Médica.
Os testes genômicos se concentram em grupos de genes e como eles interagem nas células cancerosas, bem como o papel que desempenham no desenvolvimento da doença. Os testes baseados nesta ciência podem analisar os genes no tumor do paciente para prever como ele irá se comportar e a partir dessas informações o médico irá escolher o tratamento mais preciso para atacá-lo. “Praticamente todos os tipos de câncer vão ter mutações em um grupo de genes”, diz Emmanuel Dias-Neto, cientista e diretor de Genômica Médica do A.C. Camargo Cancer Center. Ele afirma que a medicina está longe de conhecer todas as alterações em todos os tipos de câncer, mas que os testes genômicos permitiram um avanço muito grande nesse sentido.
Para determinados casos de câncer de mama, por exemplo, um teste genômico ajuda a identificar as mulheres que precisam de quimioterapia junto de terapia hormonal, aquelas que se beneficiam da terapia hormonal somente ou então as mulheres que podem utilizar a terapia alvo. Para o câncer colorretal em estágio inicial, o teste analisa a atividade do gene em uma amostra do tumor para prever o risco de recorrência do câncer dentro de três anos. “É uma nova era de diagnóstico de câncer e medicina de precisão, todas baseadas em biologia e as necessidades individuais dos pacientes”, ressalta Emmanuel.
Ele destaca que os testes genômicos podem ser informativos na capacidade do organismo ativar uma droga (entender se o câncer daquela pessoa expressa determinado mecanismo que pode ser inibido com o medicamento, por exemplo), na seleção de qual droga deve ser usada e no ajuste de dosagem de outras drogas. O uso de medicamento em excesso ou em quantidades inadequadas leva a efeitos colaterais ou a ineficiência do tratamento – e isso pode ser determinado com precisão de acordo com testes farmacogenéticos.
“A efetiva utilização da genética na rotina (prevenção, diagnóstico e tratamento) depende de como as pessoas, a sociedade, as seguradoras de saúde e os médicos vão assimilar os testes genômicos”, declara. Os profissionais de saúde precisam ser capazes de interpretar dados genômicos e os pacientes precisam entender a informação que recebem, para que em conjunto ambos tomem as decisões mais acertadas para conduzir o seu tratamento e as decisões sobre o gerenciamento da sua saúde.
Transplante fecal
A microbiota intestinal é o conjunto de bactérias que moram no intestino e são responsáveis por digerir os alimentos. Elas existem em um delicado estado de equilíbrio, que pode ser afetado com o uso de medicamentos antibióticos ou então por uma questão genética. “Recentemente se descobriu que a microbiota intestinal é claramente um fator etiológico para desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade, isso quer dizer que alterações nesse órgão podem favorecer o ganho de peso”, explica o nutrólogo Durval Ribas, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). De acordo com o especialista, na microbiota existem as bactérias do bem e o do mal – as primeiras são chamadas de bacteroides e as segundas de firmicutes.
“Quando os bacteroides predominam sobre os firmicutes, o indivíduo tende a ser mais magro, do contrário a pessoa pode ganhar peso mais facilmente”, explica o nutrólogo. Essas bactérias do mal tem capacidade de promover uma fermentação deficiente no intestino, e isso favorece uma saciedade tardia – fazendo a pessoa comer mais do que o necessário para se sentir satisfeita. Os firmicutes também melhoram a capacidade do corpo de extrair energia dos alimentos – algumas espécies de firmicutes quebram longas moléculas de açúcares encontradas em cereais, frutas e verduras, que de outro modo não seriam aproveitados pelo corpo. Apesar de parecer uma coisa boa, já que o corpo está aproveitando melhor os nutrientes, isso faz com que mais energia do que o esperado seja absorvida pelo corpo, mais até do que ele precisa gastar durante o dia. Como resultado, essa energia é estocada em forma de gordura. Além disso, esse desequilíbrio da microbiota intestinal pode contribuir para o desenvolvimento de uma inflamação sutil, típica da obesidade, que se espalha pelo organismo e interfere no aproveitamento da insulina, favorecendo o diabetes.
Nessa situação, o transplante fecal pode ser uma saída eficiente. Retiram-se as fezes de um indivíduo saudável, fazendo uma ultracentrifugação. Isso quer dizer que o material será centrifugado em velocidades muito avançadas, transformando as fezes em uma suspensão líquida. O transplante desse material fecal saudável para a pessoa doente é feito a partir de uma colonoscopia. O objetivo é restaurar o equilíbrio bacteriano e combater infecções e doenças. “É um procedimento pouco invasivo que não envolve cirurgia, capaz de modificar a microbiota intestinal de um paciente”, explica o nutrólogo Durval.
Os estudos que determinam as indicações para esse procedimento ainda são iniciais, mas a esperança é que ele pode ser utilizado como medida terapêutica para diversas doenças intestinais, principalmente aqueles que envolvem inflamações e infecções por bactérias, como é o caso dos firmicutes – até então a indicação mais certa para esse procedimento, de acordo com Durval Ribas.
TMAO para monitorar o coração
Para identificar o risco de doenças cardíacas a que uma pessoa está exposta, os médicos fazem o acompanhado de determinados biomarcadores que são verdadeiras impressões digitais cardiovasculares. “O biomarcador mais comum para a doença cardíaca é o exame de sangue para os níveis de colesterol e mais recentemente a proteína C reativa – substância que tem alta sensibilidade a presença de inflamações, ficando com níveis acima do normal em pessoas com problemas cardiovasculares inflamatórios, como a aterosclerose“, explica o cardiologista Bruno Valdigem, de São Paulo.
O novo componente dessa turma é o N-óxido de trimetilamina, cuja sigla vem do inglês é TMAO. “O N-óxido de trimetilamina está relacionado com a colina, nutriente que pertence ao grupo das vitaminas do complexo B e é necessário para a síntese de fosfolípides componentes de todas as membranas celulares, importante para o desenvolvimento cerebral e da memória”, explica o nutrólogo Celso Cukier, de São Paulo. A colina está presente em alimentos como ovos e carne vermelha. Quando o intestino digere a colina, ele produz o TMAO – que em altas concentrações no corpo causa inflamações que podem favorecer a aterosclerose.
O TMAO fornece uma ferramenta de triagem precisa para prever os riscos futuros de ataque cardíaco, AVC e morte em pessoas que não tenham esse risco identificado por fatores tradicionais e exames de sangue. Um estudo publicado no New England Journal of Medicineacompanhou mais de 4.000 adultos durante três anos em média e revelou que pessoas com os mais altos níveis de TMAO tiveram um risco significativamente aumentado de morte por doenças cardiovasculares e sofrer um infarto não fatal ou AVC, se comparados com aqueles com os mais baixos níveis da substância.
O teste de laboratório para investigação de TMAO já está disponível em alguns países. Os especialistas acreditam que essa descoberta pode levar a recomendações nutricionais personalizadas para ajudar os pacientes a reduzir o risco cardiovascular.
Serelaxina para insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca afeta a qualidade de vida. No Brasil, sabe-se que ela representa cerca de 30% das internações pelo SUS relacionadas ao aparelho cardiovascular e que é a principal causa de internação entre os pacientes com mais de 60 anos. Mesmo com as drogas e dispositivos existentes, metade dos hospitalizados com insuficiência cardíaca aguda não sobrevivem mais de cinco anos. No entanto, os cardiologistas podem ter uma nova arma em seu arsenal: a serelaxina, um medicamento que alivia os sintomas e protege órgãos vitais do organismo de complicações decorrentes da insuficiência cardíaca.
A serelaxina é uma versão sintética do hormônio natural relaxina-2 humana recombinante, que atua aumentando o fluxo sanguíneo do corpo, o que ajuda o coração a trabalhar de forma mais eficaz. Além disso, o medicamento funciona como um anti-inflamatório, amenizando os danos causados pelos episódios de insuficiência não só no coração como também em outros órgãos que dependem do bom funcionamento deste, por exemplo o fígado. O medicamento deve ser administrado em perfusão até 48 horas após um episódio de insuficiência cardíaca ou ataque cardíaco.
O tratamento é eficaz na diminuição de sintomas de falta de ar, excesso de fluido no sangue e pressão arterial normal ou elevada em pacientes com insuficiência cardíaca aguda. Além disso, a droga mostrou-se segura, com poucos eventos de hipotensão arterial associados à medicação. Uma vez aprovado, a serelaxina vai se tornar o primeiro avanço do tratamento para a insuficiência cardíaca aguda em duas décadas.
Dispositivo para controlar convulsões
As crises que vêm com epilepsia podem perturbar a vida do paciente, que nunca sabe quando o próximo ataque virá. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 50 milhões de pessoas são afetadas com a epilepsia no mundo. A ansiedade que assola os pacientes, na iminência de uma crise, pode mudar em breve graças a um novo aparelho neurológico.
Medicamentos e outros tratamentos podem ajudar, deixando as convulsões sob controle. Mas cerca de 30% dos pacientes tem epilepsia de difícil controle, em que o tratamento tradicional não consegue controlar as convulsões. Para essas pessoas um novo dispositivo foi criado: ele detecta disparos neurológicos de um ataque iminente e libera pulsos elétricos curtos para interrompê-los antes dos sintomas apareçam.
“Esse dispositivo é feito especialmente para os casos de epilepsia mais difíceis”, afirma a neurologista Célia Roesler, membro da Academia Brasileira de Neurologia. Cirurgicamente implantado sob a superfície do crânio, o aparelho detecta que o seu cérebro irá sofrer um ataque epilético e libera descargas elétricas para conter a crise antes mesmo de ela acontecer. O dispositivo ganhou o apoio unânime da Food and Drug Administration e pode ser uma esperança no tratamento de pacientes com epilepsia grave.
Prótese de retina
Mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo têm retinite pigmentosa, uma doença cuja consequência mais devastadora é a cegueira. A maioria das pessoas com retinite pigmentosa ficam cegas aos 40 anos. Essa doença causa a degeneração da retina – região responsável pela captura de imagens. Até agora, não houve nenhum tratamento eficaz para a fase final da retinite. Mas a prótese de retina surge como esperança para o tratamento.
Essa tecnologia combina uma prótese de retina implantada cirurgicamente, na parte de trás da superfície interna do olho, que grava imagens em padrões de luz e cor. Juntamente com a prótese de retina, o produto depende de uma minicâmera montada em um par de óculos de sol para capturar uma imagem e enviar as informações para um processador de vídeo, que fica acoplado no cinto do paciente em conjunto com um microprocessador sem fio e bateria.
Após o processador de vídeo converter as imagens para um sinal eletrônico, um transmissor nos óculos envia as informações sem o uso de fios para o receptor implantado sob a membrana mucosa do olho, que por sua vez transmite os sinais por meio de um cabo minúsculo para um conjunto de eletrodos colocados na retina. Ao receber os pulsos, o cérebro percebe os padrões de manchas claras e escuras correspondentes aos eletrodos estimulados. Os pacientes aprendem a interpretar os padrões visuais produzidos em imagens – e, assim, recuperar alguma função visual.
Em um olho saudável, os cones e bastonetes da retina convertem a luz em pequenos impulsos eletroquímicos que são enviados pelo nervo óptico até o cérebro, que os decodifica em imagens. “O implante de retina não restaura visão completa, mas permite ao paciente detectar a luz e a escuridão no meio ambiente e identificar a localização ou o movimento de pessoas e objetos”, afirma o oftalmologista Alfredo Tranjan, diretor do Tranjan Hospital de Olhos.
Sistema de monitoramento de anestesia
No passado, o monitoramento de pacientes durante uma cirurgia era relativamente simples – um dedo no pulso e um manguito para monitorar a pressão sanguínea. Entretanto, os avanços da tecnologia possibilitaram aos médicos monitorar uma quantidade maior de informações durante a cirurgia, ajudando a equipe a tomar decisões na iminência de uma complicação. Por isso é importante verificar constantemente informações como pressão arterial, batimentos cardíacos, frequência respiratória, etc.
O registro de paciente com anestesia é hoje um dos relatos mais detalhados de toda a medicina – justamente por isso é altamente difícil de fazer. Para facilitar esse monitoramento, um novo sistema de gestão visa simplificar esse registro e melhorar as decisões tomadas na sala de cirurgia. Combinando a mais recente tecnologia de computador e microeletrônica, o sistema produz um registro de anestesia completo, incluindo tudo o que acontece antes, durante e após a cirurgia. Desenhado por anestesiologistas, esse dispositivo combina duas etapas de tecnologia. A primeira parte é um sistema de coleta e registros de dados em tempo real, tais como frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória, e as exibe em uma tela. A segunda parte envolve um sistema de registro integrado, que permite aos médicos documentar tudo o que eles estão fazendo e coordenar os fluxos de trabalho. O dispositivo ainda emite um alerta quando um paciente está enfrentando um problema potencial que exige um acompanhamento diferenciado.
Estação de sedação para exames
A colonoscopia é essencial para a detecção de câncer de cólon e outras doenças do aparelho digestivo. Os pacientes geralmente recebem sedação leve administrada por um anestesista para ajudá-los a relaxar e dormir durante uma colonoscopia – isso torna os custos do exame muito altos para os sistemas de saúde, uma vez que é necessário um anestesista à disposição durante todo o exame, enquanto os testes regulares dependem apenas do médico ou técnico que realiza o procedimento. Pensando nisso, cientistas desenvolveram uma estação de sedação assistida por computador, que pretende acabar com a dependência de anestesista para procedimentos simples.
Essa nova tecnologia permitiria que outros profissionais de saúde pudessem ministrar o sedativo no paciente com menor risco. Ela funciona por meio de um computador, que contém um mecanismo responsável por ministrar o sedativo que está sendo oferecido ao paciente enquanto o técnico faz o exame, eliminando a necessidade de um profissional para fazer o monitoramento da anestesia. O objetivo do dispositivo é capacitar unidades de saúde a usar os seus recursos limitados de forma mais eficaz. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration pré-aprovou a estação em 2013, e a tecnologia tem previsão para ser colocada em prática em 2014.
Inibidores de BTK para tratar Leucemia
Os linfócitos B são um tipo de célula que constitui o sistema imune, atuando na produção de anticorpos contra organismos estranhos em nosso corpo, combatendo infecções e fortalecendo sua imunidade. Entretanto, como a maioria das células em seu corpo, os linfócitos B podem se tornar cancerosos. Só no Brasil são esperados quase 10 mil casos de leucemia por ano.
A aposta da Clínica Cleveland é o ibrutinibe, um medicamento inibidor de BTK, uma proteína presente nos linfócitos B. A mutação do BTK pode fazer com que as células B da pessoa comecem a se multiplicar de forma desenfreada, dando origem a um tumor. “Nesse sentido, o medicamento funcionaria como terapia alvo, agindo diretamente no BTK e inibindo a multiplicação dos linfócitos B”, explica Emmanuel Dias-Neto.
A Food and Drug Administration nos Estados Unidos por enquanto aprovou a droga apenas o tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica que receberam pelo menos um tratamento anterior. Até agora, o tratamento padrão para a leucemia linfocítica crônica era a quimioterapia, que oferecia efeitos colaterais graves. Nesse sentido, o ibrutinibe é uma alternativa. O medicamento mata apenas os linfócitos B malignos, poupando outras células saudáveis. Um estudo publicado no New England Journal of Medicine relatou que em 26 meses, a taxa de sobrevivência estimada para leucemia linfótica crônica foi de 75%, sem progressão do câncer, com uma sobrevida de 83%. Ibrutinibe também tem se mostrado promissor para o tratamento de outras doenças malignas, incluindo o linfoma de células do manto, que é uma forma rara e agressiva de linfoma não-Hodgkin.