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Bem-estar

Comer peixe tem ligação com menor risco de artrite

Estudo afirma que o benefício se dá pelos altos níveis de ômega 3 do alimento

As mulheres que comem regularmente alguns tipos peixes podem ter um risco relativamente menor de desenvolver artrite, revela um novo estudo do Instituto Karolinska, em Estocolmo. Os resultados foram publicados dia 12 de agosto no Annals of Rheumatic Diseases.

Os pesquisadores coletaram dados de dados sobre 32.232 mulheres com idades acima dos 50 anos. Elas responderam questionários detalhados sobre sua dieta e foram acompanhadas durante uma média de oito anos. Durante o período, 205 dessas mulheres foram diagnosticadas com artrite reumatoide. Analisando a amostragem, os cientistas descobriram que aquelas que comiam peixe pelo menos uma vez por semana tinha 29% menos chances de desenvolver artrite reumatoide, em comparação com as participantes que comiam peixe em menor frequência.

Peixes mais gordurosos, como salmão, cavala e arenque, pareciam ser a chave da relação, afirmam os autores. Isso porque esses peixes são ricos em ômega 3, uma gordura que ajuda a combater inflamações no corpo. Eles estimaram que as mulheres que obtiveram mais de 0,21 gramas de ômega-3 por dia ao longo dos anos tiveram um risco 52% menor de desenvolver artrite reumatoide do que as mulheres que consumiam menos – essa quantidade é equivalente a uma porção de peixe gordo por semana – ou quatro porções de peixe magro, como o bacalhau.

No entanto, os estudiosos explicam que não possível estabelecer uma relação de causa e efeito, mas que existe uma base biológica para acreditar que o peixe pode oferecer uma proteção, já que a artrite é definida por uma inflamação crônica e generalizada nas articulações.

Adote uma dieta poderosa contra artrite
Bastante chata, a artrite ainda não tem cura. O incômodo para se movimentar, que começa suave e vai se agravando até tornar um martírio o esforço para pegar um livro na estante ou se levantar de uma cadeira, é causado pela inflamação das articulações. “Em geral, o problema surge associado a traumas, desgastes, distúrbios autoimunes ou infecções”, explica o reumatologista Geraldo Castelar, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). O acompanhamento médico e a adesão aos cuidados, no entanto, permitem ao paciente levar uma vida normal, sem dores ou limitações físicas. O cenário ideal inclui diagnóstico precoce, prática de exercícios físicos leves ou de fisioterapia em casos menos agudos e alguns ajustes na dieta. “O principal deles é o consumo de alimentos fontes de ômega-3, ácido graxo com ação anti-inflamatória”, afirma o médico. Veja, então, como deixar suas refeições mais nutritivas e proteger seu organismo contra os sintomas doloridos da artrite reumatóide.

Peixes oleosos de água fria
Peixes como atum, sardinha e salmão são ótimas fontes de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, que impedem um processo de conversão de nutrientes no organismo responsável por originar inflamações. “O alimento também funciona como um grande aliado no controle do colesterol, na regeneração dos tecidos, na prevenção de doenças cardiovasculares e até na amenização dos sintomas da TPM e da menopausa”, afirma a nutricionista Daniela Cyrulin, da Nutri & Consult.

Recomendação de consumo: um filé de 200g duas vezes por semana

Óleo de canola - Foto Getty ImagesÓleo de canola
Além do ômega-3, o óleo de canola também é fonte dos ácidos graxos ômega-6, sendo benéfico na prevenção de doenças do coração e na a manutenção da pressão. “Também está presente em sua composição a vitamina E, antioxidante que combate radicais livres, prevenindo contra o envelhecimento precoce e o aparecimento de doenças degenerativas, como câncer”, afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional.

Recomendação de consumo: de uma a duas colheres por dia

Soja - Foto Getty ImagesÓleo de Soja
O óleo de soja, assim como os demais óleos vegetais, é um alimento rico em gorduras poliinsaturadas, como ômega-3 e ômega-6, e uma importante fonte da vitamina E. “Ele atua na prevenção de doenças cardiovasculares, no bom funcionamento do sistema nervoso imune e no combate a radicais livres”, afirma Daniela Cyrulin. Esse tipo de óleo também possui ação anti-inflamatória e ajuda a regular os níveis de colesterol no organismo.

Recomendação de consumo: de uma a duas colheres por dia

Azeite de oliva - Foto Getty ImagesAzeite de oliva
Toque final na preparação de saladas ou até de uma deliciosa pizza, o azeite de oliva é um alimento importantíssimo para a saúde, graças aos ácidos graxos ômega-3, aos polifenois, a vitamina E e ao beta-caroteno nele presentes. “O óleo tem função anti-inflamatória e antioxidante, pois preserva as células, evitando a deterioração delas”, aponta Roseli Rossi.

Recomendação de consumo: de uma a duas colheres por dia

Rúcula - Foto Getty ImagesRúcula
“As folhas verde-escuro da rúcula são fonte riquíssima de ômega-3 e das vitaminas A e C, potentes antioxidantes que combatem radicais livres”, pontua a nutricionista Roseli. Já outros nutrientes, como potássio e ferro, são importantes para regular o equilíbrio hídrico no organismo e para a formação de células sanguíneas (hemoglobina).

Recomendação de consumo: um prato de sobremesa por dia

Espinafre - Foto Getty ImagesEspinafre
O espinafre é um alimento altamente nutritivo, oferecendo em sua composição as vitaminas A, C e E, além de nutrientes como ômega-3, cálcio, ferro, potássio, bioflavonoides e carotenoides, explica a nutricionista Daniela. Suas propriedades antioxidantes previnem alguns tipos de câncer, em especial o de pulmão e o de próstata. Outros dois elementos bastante importantes são o ácido fólico, que combate a anemia, e a luteína, que fortalece o sistema imunológico, evitando problemas como a degeneração macular.

Recomendação de consumo: de duas a três colheres de sopa por dia

Óleo de linhaça - Foto Getty ImagesLinhaça
“Rica em ácidos graxos essenciais, vitamina E e fibras, a linhaça é um alimento que proporciona maior fluidez sanguínea, reduz o colesterol ruim, evita a formação de placas de gorduras das artérias e promove efeitos anti-inflamatórios no organismo”, afirma Roseli. A semente também melhora o funcionamento do sistema digestivo e ameniza os sintomas da TPM e da menopausa.

Recomendação de consumo: de uma a três colheres de sopa por dia

Chia - Foto Getty ImagesChia
“Semente da vez, originária do sul do México, a chia é uma ótima fonte de ômega-3, ferro, magnésio e cálcio”, explica Daniela Cyrulin. Seja em óleo, farinha ou grão, o alimento promove a sensação de saciedade, previne contra doenças cardiovasculares, ajuda na manutenção da massa muscular, reforça o sistema imunológico e ainda tem efeito antiinflamatório no organismo.

Recomendação de consumo: de duas a três colheres de sopa por dia

Fonte: Minha Vida

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