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Treino

Quer PERFORMANCE no seu esporte?

por Bruno De Sousa, Instrutor do Método DeRose

Quando alguém menciona que se dedica ao triathlon, por exemplo, imediatamente percebe em seu interlocutor um misto de espanto e admiração, muitas vezes seguido por interjeições sobre a loucura de acordar às madrugadas para pedalar, sair da cama numa manhã gelada para se jogar numa piscina ou correr horas a fio sob um sol escaldante.

Por trás desse aparente exagero do triatleta, há na verdade um grau de comprometimento com seu esporte que dificilmente será compreendido por quem não se dedica na mesma intensidade a alguma outra atividade. O triatleta encara seu esporte não como mero hobby, mas como forma de estar no mundo, pautada pelo amor a uma vida saudável e vital, pela valorização da disciplina e do esforço e pela constante busca pela auto-superação.

Esses valores, coincidentemente, são muito semelhantes àqueles professados pelos praticantes do Método DeRose. Como um conjunto de conceitos e técnicas que procuram despertar o máximo potencial de quem a ele se dedica, ele induz os seus praticantes a um constante esforço sobre si próprio, a um aprimoramento que vai muito além do aumento da força, flexibilidade e consciência corporal do indivíduo, mas que o leva também a uma percepção mais ampla de suas emoções, pensamentos e outros aspectos mais sutis da personalidade – conduzindo, no fim das contas, ao autoconhecimento.

Destacamos abaixo algumas técnicas que são desenvolvidas na prática básica de nossas técnicas, e seu efeito sobre atletas:

– Respiração: Além de aprender a utilizar melhor toda sua capacidade pulmonar e expandi-la, o praticante descobre como respirar de forma a maximizar a quantidade de energia que absorve pela respiração. O praticante descobre, também, a relação direta que existe entre respiração e estados emocionais e mentais, e aprende a tomar as rédeas desse processo. Nem é preciso dizer que isso é de grande valia para o triatleta, que poderá atuar de maneira eficaz para reduzir a ansiedade antes de uma prova, diminuindo o ritmo respiratório, ou acelerar a respiração para alcançar aquele estado de atenção em que o corpo fica pronto para responder com o máximo de sua performance.

– Técnicas Corporais: As técnicas corporais utilizadas na prática trabalham de forma inteligente a força e a flexibilidade do praticante, proporcionado um sensível aumento do tônus muscular e reforço das articulações, e consequentemente reduzindo o risco de lesões. O praticante desenvolve, ainda, uma profunda consciência corporal, aprimorando a sua movimentação como um todo e entendendo e respeitando os sinais do corpo.

Outro fator interessante é que na vivência das técnicas corporais enfatiza-se a permanência máxima em cada posição, em detrimento da repetição, que ocorre só em casos de exceção. A permanência mais longa permite que o corpo encontre o encaixe da técnica e explore seus efeitos mais profundos.

Nas técnicas que trabalham força muscular, ressalta-se a questão da auto-superação – para permanecer até o fim do tempo indicado, muitas vezes o praticante é obrigado a recorrer não apenas a seus recursos físicos, mas também a toda a sua força emocional e mental. Assim, muitas vezes em 2 ou 3 minutos em uma técnica o praticante enfrenta um desafio análogo ao “muro” encontrado por maratonistas e triatletas em algumas provas, quando só não se desiste por pura determinação. Com o passar dos meses e anos, o praticante se familiariza com esse momento, e até descobre como encontrar conforto numa situação limite.

– Descontração. Seus efeitos se fazem sentir muito além do mero descanso – por sinal, superlativo – da musculatura e do corpo físico, mas atingem também as emoções e pensamentos do praticante. Como resultado, acelera-se enormemente o processo de recuperação dos picos de stress a que submetemos nosso corpo e nosso psiquismo, sejam em decorrência de um treino forte ou de um dia complicado no trabalho. Além disso, processa-se no praticante uma verdadeira reorganização interna, permitindo que ele identifique com clareza aquilo que é ou não importante em sua vida. Está preparado, assim, o campo para a mentalização.

– Mentalização. A mentalização consiste em criar arquétipos mentais daquilo que queremos ver realizado também no plano físico. Diversos estudos já demonstraram que o cérebro estabelece pequena distinção entre aquilo que é visto pelos olhos e aquilo que é imaginado. Durante a mentalização, criamos em nossa mente um filme mostrando nosso objetivo sendo concretizado. Com o tempo e a repetição, o psiquismo e o próprio corpo físico passam a reconhecer aquele arquétipo como algo real.

– Concentração e Meditação. É desenvolvida de maneira superlativa a capacidade de concentração, que nos permite não apenas executar da melhor maneira a tarefa empreendida, mas também a manter-se no trilho quando buscamos objetivos de médio e longo prazo. O estado de meditação, por sua vez, pode ser descrito como um estado de supra consciência, em que a vivência do momento presente é tão intensa que é como se o observador, o objeto observado e o ato de observar se fundissem em um só.

Encontram-se relatos de atletas de diferentes tipos de modalidade a respeito de estados semelhantes: um ponto em que tudo se encaixa, não há mais esforço, e sob revém uma sensação de felicidade plena. É essa a zona que todo atleta busca, o momento em que todo nosso potencial vem à tona, simplesmente porque paramos de pensar e permitimos a integração do eu com o que nos cerca. A percepção profunda de si mesmo é fonte não apenas de excelência nos esportes, mas também de êxito no trabalho, nosrelacionamentos e na construção de uma vida mais plenarealizada, descomplicada.

Nade, pedale e corra – mas também respire, alongue, fortaleça, descontraia, mentalize, se concentre e medite.

por Instrutor Bruno De Sousa.

Fonte: Portal em Forma

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